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Sabado, 08 de Novembro de 2025

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O Estado ausente e a escalada da violência no campo baiano

Facções do CV e PCC agem no extremo sul da Bahia

O Estado ausente e a escalada da violência no campo baiano
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O Extremo Sul da Bahia vive uma das fases mais críticas de sua história recente. Nos últimos meses, a escalada de conflitos agrários transformou a região em um território de medo, insegurança e injustiça. Produtores rurais, muitos com décadas de trabalho e títulos legítimos de propriedade, estão sendo expulsos de suas terras, agredidos e humilhados diante da total inércia do Estado.

É um cenário de violência desenfreada na Bahia, onde grupos milicianos e facções do Comando Vermelho e do PCC - em conjunto com falsos indígenas e verdadeiros aproveitadores -, usurpam a terra dos produtores, com ações armadas inclusive com fuzil e o Governo da Bahia,  ao invés de promover a reintegração de posse, proteje os invasores.

O que deveria ser o papel do poder público — garantir a ordem, a legalidade e a segurança — foi substituído por uma postura omissa e, em alguns casos, conivente. Há relatos, amplamente documentados em vídeos e fotografias, de tropas federais agindo em favor de invasores. Na Fazenda Pero Vaz, em Prado, integrantes da Força Nacional aparecem dentro da propriedade privada fazendo a segurança de invasores. O próprio proprietário, vítima de ataques a tiros, foi tratado como criminoso dentro de sua fazenda. 

Em outro episódio, na Fazenda Rolinha, a Força Nacional expulsou a Polícia Militar da área, mesmo diante de uma decisão judicial de interdito proibitório que garantia a proteção da propriedade. A afronta ao Poder Judiciário é evidente e inaceitável. Em julho, indígenas foram flagrados portando armas de fogo. 

Esses fatos configuram não apenas omissão, mas negligência institucional e um abuso da autoridade, que desrespeita o próprio Estado Democrático de Direito. 

A violência é agravada por um ambiente de insegurança jurídica, incentivado por discursos ambíguos do governo federal e pela ausência de coordenação do governo da Bahia, que sequer responde às denúncias encaminhadas oficialmente. O cenário é alarmante: produtores rurais sendo expulsos de terras produtivas, decisões judiciais ignoradas, e órgãos federais atuando fora dos limites constitucionais.

Vale lembrar que a Lei do Marco Temporal está em vigor e que o próprio Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Tema 1031 (RE 1.017.365/SC), garantiu a permanência dos proprietários nas áreas litigiosas até indenização prévia e justa. Assim, as chamadas “retomadas” configuram atos ilegais, sem respaldo jurídico.

O que ocorre no sul da Bahia não é uma simples disputa fundiária — é uma crise institucional, resultado da omissão deliberada do Estado e da manipulação política de movimentos radicais que agem sob o manto da causa indígena.

O campo baiano pede paz, lei e justiça — não silêncio, conivência e abandono.

FONTE/CRÉDITOS: Redação Eldorado Bahia
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