De forma atemporal, os videogames estão na vida de grande parte da população mundial, seja daqueles que viveram a experiência do Atari, os que passaram pela época de ouro da Nintendo, os saudosistas de PlayStation 1 e 2, até mesmo os atuais. Em verdade, o controle do Xbox ou do PlayStation é quase como um órgão extra de nosso corpo assim como é o celular.
No início dos anos 2000, o PlayStation 2 era febre no Brasil, muito por ser um console de fácil acesso e pelas pessoas poderem jogar seus jogos pagando pouco (talvez não da forma legalmente aceitável). De toda maneira, jogar o futebol do ano, o último GTA lançado ou até os games de corrida era algo normal.
Com a chegada da sétima geração de consoles (na qual veio o PlayStation 3 e o Xbox 360), o valor de um game original ultrapassava os R$ 100,00 (vale considerar o salário mínimo da época, o qual era abaixo de R$ 500). Poucas pessoas utilizavam os consoles, afinal o PS2 estava em alta e muitos jogos ainda eram lançados para o mesmo.
Foi só em 2013 que os lançamentos foram encerrados, finalizado com o Pro Evolution Soccer 2014, e o brasileiro começou a migrar (oito anos depois) para a sétima geração. Mas o lançamento do PlayStation 4, do Xbox One e a chegada da 8ª geração de consoles já havia batido à porta.
E novamente, a maioria da população estava pelo menos uma geração atrasada, afinal um videogame daquele porte custava mais de R$ 3.000 - naquela época. Já seus jogos, cerca de R$ 300,00 (quase a metade de um salário mínimo).
As soluções começaram a surgir com o advento dos serviços de assinatura mensais. Assim como há streamings, as plataformas de jogos em nuvem também cresceram. Em 1 de junho de 2017, a Microsoft anunciou o lançamento do Xbox Game Pass, no qual as pessoas poderiam jogar diversos jogos do catálogo pagando uma assinatura mensal em torno de R$ 35 a 60.
Hoje em dia, há diversos outros serviços como esse, e tais seguem firme e forte. Estima-se que o Game Pass tenha ultrapassado os 25 milhões de assinantes em dado de janeiro de 2022, fornecido pela própria Microsoft.
É certo que games populares como GTA V ou Call of Duty não estão disponíveis no Xbox Game Pass. No entanto, a possibilidade de jogar o EAFC 24 (atual FIFA do ano), o qual custa na casa dos R$ 370, pelo valor de R$ 59,99 por mês parece uma boa opção.
As desvantagens dos serviços em nuvem estão no fato de que você pode perder acesso ao jogo caso ele saia do Game Pass, como é o caso do FIFA 22 - que está de saída. Ou ter de esperar um certo tempo para jogar determinado game, tal qual o EA FC 24, lançado em setembro de 2023 e (naturalmente) disponibilizado apenas em junho de 2024 para ser jogado em nuvem.
Nem tudo são flores, é verdade. Todavia, mesmo com esses pontos negativos, segue sendo proveitoso ter uma centena de títulos à sua escolha pelo valor de uma assinatura de streaming qualquer. Essa é uma via muito útil para quem quer jogar gastando pouco e não deseja correr o risco de perder seu dinheiro comprando um game do qual se arrependeu e/ou não gostou.
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